29 abril 2010

Desenvolvimento Socioambiental

O desenvolvimento socioambiental tem como premissa conciliar a preservação ambiental às demandas sociais, diminuindo os riscos à saúde pública e ao meio ambiente, gerando oportunidade de renda, cidadania e conhecimento.

Para isso é necessário que a sociedade compreenda a importância deste conceito que, nos dias de hoje, vem a ser um mecanismo capaz de tratar a sustentabilidade não mais como uma teoria, mas sim como uma ação.

Essa mudanca de paradigma tem o poder público como principal precursor.



Os resíduos urbanos são uma excelente alternativa para a implementação de políticas públicas de desenvolvimento socioambiental.

Atualmente, além de causarem sérios riscos e problemas à saúde pública, os resíduos sólidos urbanos são responsáveis por diversos problemas de ordem social e econômica.

A falta de capacidade do poder público em lidar com o tema causam "feridas sociais", promovendo a informalidade e a degradacão ambiental.

Há diversas modalidades de gestão viáveis, necessárias e corretas para se fazer do reaproveitamento dos resíduos sólidos urbanos ferramenta do crescimento sustentável sócio-econômico.

Ao invés de gerenciamentos operacionais onerosos e defesados, a questão deve passar a ser tratada com excelência técnica dentro do viés social.

A formacão de cooperativas "inteligentes" de reciclagem com suporte tecnólógico, administrativo e econômico, estimularia o ciclo produtivo ecológico dentro da cadeia de consumo sunstentável, efetivando a mudanca de paradigma necessária ao crescimento sustentável.

Outro exemplo de reaproveitamento é a compostagem de lixo urbano, principalmente os de origem vegetal, que podem impulsionar o mercado verde trazendo benefícios econômicos, culturais, sociais e ambientais, além de propiciar significáveis reduções de custos com coleta, transporte e aterramento - em média 30%.

A compostagem ainda produz adubo orgânico de "classe A", cujo uso viabiliza a producao de alimentos de qualidade, a conservação do solo e de mananciais, além da redução de custos no sistema de abastecimento público de água, visto que os riscos de eutrofização causados nas represas pelo excesso de agrotóxicos seriam mitigados.