Resolver o problema do lixo no Brasil têm sido um grande desafio para governos e sociedade.
Além de causar sérios problemas ambientais e de saúde pública, o lixo é responsável pelos contratos públicos mais caros na maioria das cidades do mundo, e isso se deve a dois fatores, o primeiro está diretamente relacionado a questão política, visto que as empresas de gerenciamento (coleta e disposição) são na maioria das vezes as principais financiadoras de políticos e campanhas eleitorais, e a segunda, devido a falta de capacidade técnica de agentes públicos que quase sempre são "escalados" mais para garantir os interesses políticos-empresariais do que para gerir com eficiência o problema.
É possível observar claramente a falta de interesse e capacidade do poder público em gerir a questão como um problema de ordem social, com o propósito corrente de favorecer setores privados deixam de promover a inclusão social e a geração de renda através de cooperativas e incubadoras socioambientais, isso além de onerar os cofres públicos e favorecer uma minoria incentiva a informalidade de sucateiros e "atravessadores" que antecedem coletas de responsabilidade do poder público retirando os resíduos com maior valor econômico.
Existe uma grande resistência da classe política com ações que efetivamente diminuam o volume de lixo destinado aos aterros, pois ações como estas vão na contramão de possíveis "conchavos" existentes junto as empresas do setor, que possuem no peso e no volume as medições e respectivas cobranças.
Atualmente o cidade de Jundiaí possui um aterro de resíduos direcionado ao depósito de inertes (entulho), que além de receber uma série de resíduos com caractarísticas não inertes devido a falta de uma fiscalização eficiente, ainda pode estar com a sua capacidade expirada.
A questão do lixo precisa ser tratada como uma ferramenta de desenvolvimento socioambiental, em um processo aonde despesas operacionais resultem em receitas sociais e ambientais, para que assim o lixo deixe de ser um ônus para a sociedade ou moeda de barganha política e se torne matéria prima dentro de cadeias de produção ecológica.
27 abril 2011
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